Cantoterapia

Cantoterapia 

Todo o ser humano pode cantar
A Cantoterapia é uma aula de canto muito mais abrangente, que se propõe a aprimorar a voz cantada, mediante variados exercícios de técnica vocal associados à parte psicológica e musical do aluno.
É um poderoso caminho para o autoconhecimento. A Cantoterapia  possibilita uma melhora considerável na autoestima, autoconfiança, autovalorização e autoaceitação do indivíduo. É uma atividade prazerosa e, ao mesmo tempo, bastante eficiente no processo de facilitar a desinibição e incrementar o grau de ousadia necessários para qualquer tipo de exposição em público.
Os alunos aprendem a cantar e se exprimir com liberdade, vencendo suas resistências e inibições naturais, uma vez que a música atinge os sentimentos mais profundos do ser humano, sem passar pelo plano racional.

Desde 1983, ano de sua criação, a Cantoterapia vem obtendo resultados surpreendentes e comprovados nas seguintes áreas da vida:

. Na capacidade de cantar de forma livre, com boa técnica e qualidade de interpretação;
. Na possibilidade de gostar e admirar a própria voz;
. Na desinibição e soltura ao se colocar em evidência;
. Na comunicação com uma plateia;
. Na saúde física (liberação da endorfina);
. Na melhora do sistema imunológico;
. Nos relacionamentos interpessoais;
. No equilíbrio emocional (pois também é um processo de relaxamento e paz interior);
. No despertar de talentos adormecidos;
. Na autoestima, autoconfiança, autovalorização e autoaceitação;
. Na utilização do canto também como um canal para a espiritualidade;
 Musicoterapia na Terceira Idade
  
O trabalho musicoterápico em geriatria deve ser, de certa forma, diferente do que deve-se desempenhar com outros pacientes, tendo por objetivo geral a alteração de seu comportamento e a ampliação de suas capacidades. O tratamento musicoterápico oferecerá ao idoso a oportunidade, num primeiro momento, de estimulação às suas atividades mnêmicas, atingindo, a partir delas, as demais funções cognitivas. O ato de tocar, cantar, improvisar, criar e partilhar experiências, entre outras atividades, propicia a elaboração de conteúdos mentais mais complexos a partir de sua produção sonoro-musical. O idoso é estimulado a retomar movimentos corporais, ao mesmo tempo em que vê resgatada a sua memória como um todo (Souza, 1997).
Além da cognição, a música pode proporcionar estímulos fisiológicos, influenciando o ritmo cardíaco e pressão sanguínea, facilitando a movimentação das extremidades superiores e inferiores do corpo, as fortalecendo (Blasco,1999). Também exerce grande influência sobre a auto-estima do paciente, trabalhando seus aspectos emocionais.
 A Musicoterapia tem como função principal, no tratamento com a terceira idade,
restabelecer a auto-estima do idoso frente às suas potencialidades, ao meio que
o cerca e a que pertence. Ao restituir esta capacidade de crença em si mesmo, de
sua potência como sujeito, o idoso restabelece o crédito diante do social,
alterando para melhor o conceito que a sociedade tem dele e ele de si mesmo.
(Cerqueira de Souza, 2006).


No trabalho musicoterápico, é fundamental que o musicoterapeuta tenha um conhecimento aprofundado das músicas que fizeram e fazem parte do universo musical do paciente, a fim de criar um ambiente propício para o fluir da linguagem musical e de seus aspectos terapêuticos.

Principais Objetivos da Musicoterapia com Pacientes Geriátricos

- Reforçar ou reestabelecer o ritmo de marcha: Por diversas causas, o idoso pode apresentar dificuldade de locomoção e de equilíbrio, dificultando até mesmo a sua própria marcha. A utilização de músicas com o ritmo e a pulsação bem marcados auxiliará o paciente a reestabelecer-se quanto a esta necessidade.

- Estimulação da fala: Muitas vezes, em decorrência à doença, o paciente geriátrico tem seu processo de comunicação verbal afetado. Porém, estas dificuldades podem ou não se apresentar, ou se apresentar com menor intensidade, na utilização do canto. Estimulando o canto, podemos estimular a musculatura facial e as áreas cerebrais envolvidas, auxiliando o processo de reabilitação.

-Estimulação da memória: A memória geralmente apresenta debilitações na maioria dos idosos, seja pelo processo normal de envelhecimento ou pelo surgimento de uma demência. A música, porém, traz reminiscências do passado, e ajuda no resgate de lembranças.


-Estimulação da Cognição: O processo cognitivo se altera com o avanço da idade, se tornando mais lento. Aprender novas músicas, ou relembra-las, tocar instrumentos musicais e reforçar associações pode se tornar um meio excelente de estimular a cognição e estimular o raciocínio, ajudando até mesmo a prevenir ou retardar doenças associadas à demências.

-Força Muscular: Os idosos perdem massa e força muscular com o passar dos anos. Estimula-los com instrumentos musicais de percussão que exijam um maior trabalho muscular, ou trabalhar o corpo através da música (dança, alongamentos), pode ser de grande ajuda para a manutenção e desenvolvimento desses músculos.

-Motricidade: A motricidade fina é uma grande dificuldade encontrada pelos pacientes geriátricos. Através de instrumentos que utilizem baquetas, do teclado ou do piano, podemos obter meios excelentes de estimulação neste requisito.

-Depressão: A música é, na maioria das vezes, prazerosa, auxiliando o idoso
não só nos aspectos físicos como também em seus aspectos emocionais. A música propicia momentos prazerosos, onde o idoso tem a possibilidade de expressar as suas emoções e também lidar com seus sentimentos de perda, seus medos e tristezas.

-Solidão: Os idosos institucionalizados têm maior tendência a sentirem solidão e abandono. A música possibilita, através de seu potencial integrador, que os moradores dessas instituições se conheçam e compartilhem suas vivências e experiências, aprendendo a lidar e a apreciar a companhia de outros idosos, o que auxilia na formação de um círculos de amizade e convivência, além de ampliar os momentos de satisfação proporcionados pela vivência grupal.

Um comentário:

Canto disse...

Cantar é tudo de bom, mas é a primeira vez que vejo o termo cantoterapia. Não tem duas palavras que se combinam tanto quanto essas.